E se, na reunião de pais, fossem os filhos que tivessem a palavra? Essa foi a experiência proporcionada aos responsáveis pela coordenação do Ensino Fundamental I do Colégio Notre Dame Ipanema, que convidou os educandos para explicar como os conteúdos programáticos de cada disciplina foram abordados, durante o primeiro trimestre letivo.
Dessa maneira, os encontros para avaliação possibilitaram que os responsáveis compreendessem melhor a rotina de aprendizagem, além de evidenciar o estudante como protagonista da construção de saberes – reconhecimento que coincide com os pressupostos da nova Base Nacional Comum Curricular, pois, como explica a coordenadora pedagógica, Guacyra Gyglio, ao “colocar a mão na massa”, a aquisição do saber se dá de maneira prazerosa. Além disso, prossegue Guacyra, a reunião serviu para desenvolver novas competências emocionais, como orienta o projeto Emóvere – norteador do fazer pedagógico da instituição, neste ano letivo, com o intuito de oportunizar o desenvolvimento de habilidades cujos reflexos são evidentes tanto no aprendizado quanto nas relações interpessoais.
Nesse sentido, como avalia a docente Elena Conteville, a iniciativa gerou um grande impacto positivo, como pôde-se constatar graças ao engajamento das crianças – que participaram, inclusive, da decisão acerca do que seria abordado nas reuniões. “Eles elaboraram a pauta dos encontros, a partir do que foi aprendido nas aulas e ficaram muito felizes por participar ativamente desse momento tão importante”, afirma.
Por isso, não faltaram surpresas a respeito do que seria tratado, como foi o caso dos relatos dos estudantes do 5º Ano sobre suas experiências no Integral Notre Dame, enaltecendo como frequentar a escola em horário estendido impacta positivamente nas atividades de reforço pedagógico quanto na prática esportiva, além de proporcionar uma alimentação balanceada. “O grupo reconheceu, por conta própria, esses benefícios e achou por bem compartilhar com os responsáveis”, relata a educadora Priscila de Freitas, enfatizando como essa autonomia participativa colabora para a formação de agentes transformadores da educação e, consequentemente, da sociedade.
O novo formato também encantou os responsáveis, seja por demandar comprometimento ou oportunizar o exercício das habilidades de expressão, como destaca Patrícia Sauerbronn, ou, ainda, por tornar a reunião mais agradável, como caracteriza Yully Menezes.
Além disso, o momento foi aproveitado para que as crianças homenageassem as figuras maternas – numa alusão ao Dia das Mães, celebrado em 12 de maio.
Por fim, as regentes de classe detalharam os eventos compreendidos, até setembro, no calendário escolar.