Programa de Formação de Pais promove reflexão sobre Educação Digital
4 de julho de 2018 Notícias, Portal

Se, como dizem, saber perguntar é mais importante do que saber responder, o Café com Pães teve um começo instigante, que evidenciou a importância da temática abordada em mais esse encontro do Programa de Formação de Pais Notre Dame.

DSC_0062Intitulada “Educação Digital: precisamos conversar”, a palestra foi ministrada pela Coordenadora do curso de Direito Digital da Escola Superior de Advocacia de São Paulo,  Camila Jimine. “Pais analógicos x filhos digitais + imigrantes digitais x nativos digitais. Como resolver essa equação? Um bom princípio é encontros como esses promovidos pelo Colégio Notre Dame”, explicou Camila, elogiando a iniciativa da escola. Afinal, o acesso à informação é essencial, especialmente no que tange à necessidade de conhecer os benefícios e os malefícios que podem resultar da ubiquidade.

Para tanto, Jimine lembrou a enfática recomendação de proibição do uso de smartphones e tablets por crianças de até 2 anos. Afinal, quanto mais cedo ocorrer a exposição a tais dispositivos, mais prejudicada será sua cognição, pois em uma fase do desenvolvimento humano em que a base do intelecto está sendo construída, a frustração, os limites e as regras devem ser vivenciados concretamente.

DSC_0028Outro exemplo citado pela palestrante foi a crescente perda de habilidades sociais, especialmente da empatia, por parte dos jovens, visto que grande parte das suas vivências são on-line. “Se não me coloco no lugar do outro, não me importo em prejudicá-lo, em postar algo que o ofenderá”, comentou.

Além disso, a advogada orientou os familiares dos educandos sobre como fomentar, entre as crianças e os adolescentes, uma vida digital mais saudável. “Sejam exemplo, equacionem o tempo dos seus filhos entre atividades virtuais e concretas, criem regras e controlem”, aconselhou, enfatizando a necessidade de estar atento ao uso dos smartphones. “É direito dos pais instalar softwares de controle parental, para que cumpram seu dever de saber o que se passa com o menor de idade pelo qual são responsáveis legais”, afirmou.

A advogada também indicou três dicas para ajudar os pais a conquistarem uma vida digital mais saudável e segura junto a seus filhos:

  • Ser exemplo. Crianças e jovens precisam, mais do que nunca, de exemplos adultos.
  • Equacionar. Por exemplo, para cada 2h de game, a criança deve ter 2h de atividade física, para cada 1h de conversa nas redes sociais, ele deve ter 1h de convívio ao vivo com os amigos.
  • Criar regras e controles: é o caminho para termos adultos mais saudáveis e conscientes.

DSC_0015Por fim, Camila salientou a importância de reduzir os julgamentos nas redes sociais. “As redes sociais são a nova fogueira das bruxas. Temos tecnologia de ponta e comportamento da Idade Média, julgando e condenando”, refletiu, citando alguns órgãos reguladores do meio digital – ao que foi surpreendida pela conclusão de um dos participantes. “O principal órgão regulador ou aplicativo de segurança chama-se ‘família’. Diálogo e limite são palavras-chave nessa relação”, afirmou Felipe Albuquerque.

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