Ciente de que o tema preocupa os responsáveis pelos estudantes, além dos educadores e gestores escolares, o Colégio Notre Dame Ipanema promoveu, no final do trimestre, uma dinâmica com estudantes do 6º Ano do Ensino Fundamental acerca do bullying.
Orientados pela psicopedagoga escolar, Rejane Gallo, os pré-adolescentes estudaram previamente a definição e os tipos mais comuns de bullying, a fim de que esse conhecimento os inspirasse a criar esquetes teatrais que seriam apresentadas aos colegas.
Por meio das representações, segundo a psicopedagoga, os educandos foram orientados sobre como proceder em casos de bullying. “As agressões costumam apresentar um ciclo inverso, em que as vítimas acabam se tornando, em algum momento, os agressores. Por isso, é preciso ensinarmos aos estudantes que, por mais que haja vontade de retribuir da mesma maneira, eles precisam ser conscientes e conhecer as medidas cabíveis em cada caso”, explica Rejane.
Questionados sobre os possíveis motivos da prática do bullying, alguns estudantes responderam que, em certos casos, o opressor sequer percebe a prática até que seja alertado por outros colegas ou pelos educadores. Para a estudante Maria Eduarda Danzinger, o maior motivo para alguém colocar apelidos ou implicar com outros colegas é a necessidade de esconder as próprias fraquezas. “Quando ele consegue intimidar alguém, ninguém vai reparar no opressor. Acho que essa é a intenção dele,” comenta.
Entre os tipos de bullying apresentados pelos estudantes, estiveram os apelidos de mau gosto, as agressões físicas e as intimidações. A partir das esquetes, os educandos confeccionaram cartazes com desenhos e palavras de apoio a todos aqueles que já se sentiram ofendidos ou excluídos de alguma forma, por suas diferenças ou fraquezas.
Atividades como essa e as informações que constam no folder “Bullying posto à prova”, produzido e distribuído pela Rede de Educação Notre Dame, esclarecem o que é bullying – agressões, intencionais e repetidas, de um indivíduo ou um grupo contra outros, causando angústia, sofrimento e dor – e empoderam a vítima, por meio do conhecimento, para que combata os atos sofridos.