Uma grande exposição das expressões comportamentais do fazer educativo dos estudantes: assim define-se a Mostra Cultural Notre Dame, que envolveu os educandos do 9º Ano do Ensino Fundamental e os do Ensino Médio e foi realizada no último sábado (31).
O evento, que apresentou aos visitantes a culminância de vários projetos interdisciplinares, foi, para os adolescentes, uma oportunidade para compartilhar conhecimento e, também, de conhecer melhor os colegas das demais séries.
Um dos diferenciais da Mostra é que os trabalhos expostos não são concebidos exclusivamente para o evento. Eles fazem parte de um processo evolutivo pertinente ao fazer educacional. Exemplo disso são as reflexões resultantes das aulas de Filosofia que se transformaram nos desenhos, poesias, canções, caixas e esculturas disponíveis para apreciação pública.
Um dos trabalhos que mais chamou a atenção dos visitantes da exposição foi a cama de pregos. Confeccionada pelos estudantes, sob a supervisão dos educadores e com o auxílio de funcionários, ela comprovava teorias da Física, enquanto voluntários deitavam sobre o colchão pontiagudo sem ferirem-se.
Até o brasão da Congregação de Nossa Senhora – mantenedora da Rede de Educação Notre Dame – foi objeto de estudo. Uma pesquisa sobre a origem e a função dos brasões foi apresentada por estudantes. Eles também pesquisaram o da família da Diretora do Colégio Notre Dame Ipanema, Loiva Urban.
Mais do que uma exposição do conhecimento construído no cotidiano escolar, contudo, a Mostra Cultural também privilegia a expressão artística. Pelos corredores da instituição de ensino, era possível, por exemplo, encontrar a representação viva de uma obras de René Magritte. Ela caminhava por eles, assim como o fazia o homem amarelo, de Anita Malfatti . Vários autorretratos de Frida Kahlo também podiam vistos circulando entre o público.
A Vernissage Solidária – que tradicionalmente envolve os estudantes do Ensino Fundamental II – teve sua primeira edição promovida com os estudantes do Ensino Médio como artistas. A venda das telas pintadas por eles arrecadou fundos que serão revertidos para beneficiar uma obra social. Para Alice Quintella, mãe de estudante, já é hábito decorar a casa com obras pintadas pela filha, Nicole. “Agora vou complementar o corredor da sala com obras dos colegas dela”, relata.