Em um tempo em que as postagens em mídias sociais presumem um fato consumado, uma verdade absoluta ou, até mesmo, uma prova irrefutável, uma falácia pode gerar consequências de grandes proporções.
Por isso, durante aulas de Filosofia, os estudantes matriculados no 7º Ano do Ensino Fundamental do Colégio Notre Dame Ipanema aprofundaram saberes sobre o termo – derivado do latim fallere – que denomina um raciocínio errado com aparência de verdadeiro. Ou seja, um argumento logicamente inconsistente, sem fundamento. “Chamamos de falácias aqueles raciocínios que, embora incorretos, podem ser psicologicamente persuasivos”, explica o educador responsável pela disciplina, Fabio Lindozo. “Há muitos tipos desses raciocínios e a maioria deles passa despercebida quando dialogamos sobre um assunto ou assistimos a um comercial na TV”, exemplifica o docente.
Além de refletir sobre as falácias, os educandos foram desafiados a criar histórias em quadrinhos inspiradas no assunto. Afinal, comenta o educador, há uma crescente necessidade de saber reconhecer falácias e evitá-las. “É um aprendizado que é levado para a vida e é aplicado a todo momento, sobretudo nesta geração que está, cada vez mais, receptiva ao conteúdo exposto na mídia e nas redes sociais”, afirma.
Expostas para apreciação da comunidade educativa – com o intuito de valorizar o empenho dos seus criadores e, ao mesmo tempo, promover a sensibilização dos visitantes sobre o tema -, as narrativas retratam diálogos e situações do cotidiano em que os personagens cometem falácias e têm seus argumentos desconstruídos.
Desse modo, a atividade demonstrou que todos podemos cometer falácias e que, ao contrário do que muita gente pensa, o argumento falacioso não é, necessariamente, uma mentira, mas, sim, um raciocínio que tem seu foco desviado do que realmente importa, dando a aparência de verdadeiro àquilo que não é.