Diante da demanda, verificada nos atendimentos a familiares de estudantes matriculados da Educação Infantil ao 4º Ano do Ensino Fundamental do Colégio Notre Dame Ipanema, a psicopedagoga Rejane Gallo, promoveu, entre terça (30) e quinta-feira (01), uma série de encontros com pais e responsáveis acerca dos conflitos cotidianos que têm as crianças de 1 a 9 anos como protagonistas.

Divididos de acordo com a faixa etária dos educandos, os pais reuniram-se com Rejane e as psicólogas convidadas, Roberta Haddad, Daniela Westman e Patrícia Madruga, para esclarecer suas dúvidas e expor seus dilemas diários.

Os responsáveis pelos estudantes com idade entre 1 e 5 anos reconheceram a importância de compreender os sentimentos da criança e o que está por trás das suas desobediências, a partir das explicações de Roberta. “Essa é a hora da autoafirmação e da construção da personalidade de cada indivíduo. Por isso, cabe aos pais impor limites e criar uma jurisprudência da situação”, afirmou a psicóloga, exemplificando que, se toda vez que a criança chorar e deitar no chão os pais decidirem retirá-la do local, ela desenvolve a consciência de que o ato não será tratado como leviano.

Complementando, a psicopedagoga escolar, Rejane Gallo, afirmou que o diálogo entre família e instituição de ensino é fundamental. “São os momentos que vivenciamos que constroem a nossa personalidade e, no caso das crianças, não é diferente. Os pais não podem deixar que a criança cresça com dualidade de pensamentos quanto ao seu aprendizado”, completou, incentivando, também, a autorreflexão e a conversa. “Quando acontece essa autorreflexão, o responsável vai pensar sobre suas próprias experiências e como elas vão ser refletidas nos filhos”, concluiu.

Ela é possibilitada pelos Encontros de Formação de Pais, como esse, que viabilizam, ainda, a troca de experiências. Ela é, segundo Lorelei Schneider, mãe de estudante de dois anos, o ponto alto dos eventos. “É bom que esses encontros ocorram com mais frequência, pois só as conversas, em si, já são significativas”, concluiu.

É por meio da conversa, afirma Daniela Sangenito, que se pode compreender a importância da existência dos problemas cotidianos. “O Encontro foi fundamental para que eu compreendesse que existem, sim, os problemas, mas que não são exclusivos, já que ouvi relatos de outros pais, o que contribuiu para o meu crescimento como mãe”, comentou.

No evento que envolveu os pais e responsáveis pelos estudantes de 6 e 7 anos, coordenado pela psicóloga Patrícia Madruga, a dificuldade dos pais em encontrar o meio termo entre a autonomia dos estudantes e o cumprimento das regras.

Para Camille Guedes, responsável por educando, o momento foi de refletir a ponto de rir com as próprias dificuldades. “Notamos que as dúvidas e dificuldades são semelhantes e reuniões deste tipo sempre acrescentam no dia a dia familiar”, afirmou.

Já, os pais de estudantes do 4º Ano, cuja faixa etária varia entre 8 e 9 anos,o evento abordou os limites e a transferência de responsabilidade que, inicialmente seria dos filhos, para os responsáveis. Para a psicóloga Daniela Westman, é necessário questionar, por exemplo, qual a função do dever de casa e como pode-se transformá-lo em um momento importante e de prazer. Além disso, ela e as demais palestrantes indicaram que os familiares assistiam ao filme “O Começo da Vida”,

A partir de setembro, os encontros acontecerão na última semana de cada mês. Neles, serão debatidos temas sugeridos pelos pais e responsáveis, por meio de circular disponível no Sistema Acadêmico e na agenda do estudante.