O uso dos laboratórios contribuiu para a fixação do conhecimento científico construído ao longo das aulas. Porém, com as limitações impostas pelos protocolos que visam assegurar o bem-estar de toda a comunidade educativa, o docente de Ciências do Colégio Notre Dame Ipanema, Kylderi Domingos, tem levado algumas atividades práticas para sala de aula.
Kylderi tem feito este movimento com frequência e vem colhendo resultados significativos com os estudantes, tanto no quesito de aprendizagem quanto no engajamento deles às atividades. “O professor deve sempre considerar problemas logísticos atuais do ambiente escolar e encontrar alternativas simples e criativas, como fritar um ovo sem fogo. Assim, é possível explicar e associar os conteúdos sobre as células mostrando que a proteína do ovo, quando em contato com alguns solventes, sofre o processo de desnaturação, tornando possível um conhecimento mais cognitivo do aluno”, exemplificou o professor. Em outras atividades, também foi construído um microscópio caseiro para abordar temas como protozoários e óptica, usando seringa, laser, copos e água. Para as aulas sobre os sistemas do corpo humano, o professor levou até um manequim anatômico para a sala de aula.
Com a frequência das atividades práticas, percebe-se a redução nas dificuldades em compreender os conteúdos teóricos de Ciências. As atividades práticas, sobretudo quando se trata dos conhecimentos científicos, podem obter uma grande influência no aprendizado dos alunos, provando que só as aulas expositivas, às vezes, não são suficientes para que SE obtenha os melhores resultados em sala.
O professor explica que, com estes experimentos, conseguiu que os estudantes mantivessem o foco e questionassem o que estava acontecendo. Comprovou, mais uma vez, o sucesso das aulas práticas e criativas como suporte às aulas teóricas. “Não cabe apenas ao professor fazer os experimentos, mas proporcionar aos alunos que ponham a mão na massa, que pesquisem e investiguem”, explica Kylderi.