Na primeira noite desta primavera, o Colégio Notre Dame Ipanema promoveu mais uma edição do seu tradicional Festival Literário (FLIND). Realizado pelo 11º ano consecutivo, o evento teve como tema “Tropicália: 50 anos de cor, Brasil e poesia” e como homenageado o poeta piauiense, e um dos criadores do movimento, Torquato Neto.
Antes das apresentações, que seriam protagonizadas por cerca de 80 estudantes, a diretora escolar, Ir. Loiva Urban, enalteceu a importância artística e histórica da Tropicália, convidando os espectadores que lotavam o auditório da instituição de ensino para uma viagem pelo seu poético, colorido e criativo universo.
Representado por meio das artes plásticas, da música, da poesia e do teatro, ele promoveu uma imersão do público no contexto de ruptura com o padrão artístico, então, vigente no país. A reação foi tal que motivou um feito inédito: a realização de uma segunda sessão.
As obras idealizadas e executadas pelos educandos, sob a batuta do educador Maurício Krause, encantariam novos espectadores em quatro dias. Contudo, durante a apresentação original – realizada no entardecer da sexta-feira (22) – foram avaliadas por um corpo de jurados especializado em linguagens e artes, que incluía a supervisora de ensino da Rede de Educação Notre Dame, Claudia Toldo.
Além delas, o Festival Literário contou com a participação do ator e ex-aluno Arthur Izaque Miliano Guedes. Representando o parangolé de Hélio Oiticica, em vestes tropicalistas, o convidado costurou as esquetes e apresentações de poesia. Ainda, por meio da imitação, trouxe ao palco as ilustres “presenças” do próprio Oiticica, de Gilberto Gil e de Caetano Veloso.
Outra atração especial foi o “Coro da Câmara da Escola de Música Villa Lobos”, que interpretou a música Tropicália, de Caetano.
Ao término das apresentações artísticas, o júri elegeu “Poesia Popular”, de Gabriel Matuk, como a obra vencedora do Festival. Na sequência, foram escolhidas “Poesia Indigente”, de Isabel Lessa, e “Galochas e Capa”, de Stella Frison. Além disso, o título de Melhor Intérprete foi concedido a Luana Calmon, autora da poesia “Cifrões Vermelhos” – que também foi escolhida, pelo júri popular, como vencedora da mostra competitiva.
Satisfeito com o que foi levado a público, o orientador, Maurício Krause, considera que o evento cumpriu com o objetivo de promover a integração e o trabalho em equipe, além do empreendedorismo, pois o envolvimento na organização e na direção do evento possibilitou que os educandos se descobrissem capazes de protagonizar diferentes projetos.
Logotipo criado por estudantes:
O logotipo que identificou o Festival Literário Notre Dame foi escolhido a partir de concurso, do qual participaram as criações elaboradas pelos próprios estudantes, durante aulas da disciplina de Artes. Antes de transpor para o papel sua criatividade, orientados pela educadora Débora de Castro, eles assistiram à palestra sobre elaboração de logotipo, ministrada pelo assessor de Comunicação do Colégio, José Alessandro de Oliveira.
O eleito pelos educandos e pela equipe técnica responsável pela avaliação das propostas foi o criado pelas estudantes Anna Luiza Caldas, Letícia Turque e Odette Curvo.