Se você acreditava que Pokémon Go era só diversão, está bem enganado. O jogo – considerado, até hoje, o mais baixado da história da loja de aplicativos para tablets e smartphones Apple Store – contextualizou um exercício proposto em aula de Biologia, assistida pelos estudantes matriculados no 7º Ano do Ensino Fundamental do Colégio Notre Dame Ipanema. Afinal, os personagens que fazem parte do universo Pokémon são animais híbridos, explica a docente da disciplina, Danielle Almeida.
Por isso, em uma aula externa, realizada na Praça Nossa Senhora da Paz, os educandos foram desafiados a caçar Pokémons e a identificar os animais que os compõem, classificando-os, ainda, como pertencentes ou não ao território brasileiro.
“Inicialmente, o ambiente de realidade virtual do jogo informava que os animais que aparecessem para os jogadores seriam os que eram compatíveis com o bioma em que eles estivessem” comenta Danielle, exemplificando que não seria possível encontrar um Pokémon de fogo próximo ao mar. “Contudo, a demanda fez com que os criadores fugissem à regra, o que foi fundamental para a realização dessa atividade”, esclarece a educadora.
De acordo com a coordenadora Pedagógica do Ensino Fundamental II, Elizabeth Cavalcanti, a tarefa – realizada enquanto os estudantes seguiam, juntos, pela Praça e compartilhavam com os colegas os locais onde encontravam os personagens – incentivou a pesquisa, indo ao encontro dos princípios que norteiam o fazer pedagógico da Rede de
Educação Notre Dame. Além disso, o fato de ter como cenário um espaço alheio ao da sala de aula, no qual experenciaram e compreenderam melhor a matéria, foi um grande facilitador do aprendizado.
Para o estudante Bruno Bernstoff, a experiência foi inusitada e valiosa, pois ele nunca pensou que poderia unir conhecimentos biológicos ao jogo. “A ideia de aprender sobre habitat dos animais a partir do aplicativo que mais uso foi muito legal!”, comemorou.