Em 2016, o Colégio Notre Dame Ipanema, inspirado pelos Jogos Olímpicos, que acontecem em agosto, na capital carioca, adotou como tema a “Resiliência”, que é a capacidade de se recuperar de situações de crise e de aprender com elas. Por isso, na terça-feira (17), o ambientalista e economista, diretor do Instituto Pereira Passos e do Jardim Botânico, Sérgio Besserman Vianna ministrou uma palestra acerca do tema, como parte Programa de Formação de Pais, desenvolvido pela instituição de ensino.
Segundo Besserman, o conceito de resiliência surgiu no meio científico, quando se falava sobre as adaptações necessárias devido às mudanças climáticas. Dessa forma, o cuidado com a vida do planeta, do outro e de si, listado como o oitavo princípio da Rede de Educação Notre Dame, foram alguns dos assuntos abordados pelo ambientalista, que afirmou ser a primeira vez na história da humanidade que se enfrenta um grande problema dessa ordem, de forma consciente e com condições objetivas de mudar o panorama. Mesmo assim, Sérgio afirmou que o comportamento do homem não está impactando positivamente na questão ambiental. “Há 300 anos, por conta do crescimento econômico, começamos a agredir o meio ambiente e não paramos mais. Antes, causávamos danos locais. Hoje, o estrago já é global”, dimensiona.
O especialista explicou, ainda, que são os estudantes de hoje que dirão quem é a humanidade, daqui a 30 anos, pois as atitudes dos jovens serão decisivas para que a Terra esquente 2,5°C ou de 5°C a 7°C, nesse período. “Nós, seres vivos habitantes do planeta, precisamos compreender que a pessoa que vai nascer daqui a trinta anos vai ser o nosso próximo e que precisamos cuidar da Terra, para que ela tenha um planeta um pouco melhor do que a ciência prevê”, conscientiza Besserman.
Por fim, o economista afirmou que o consumo será menos tentatório e mais cultural no futuro e que, como na fábula de La Fontaine, “O Carvalho e o Salgueiro”, não é preciso se resignar como o carvalho em meio a tempestade, enquanto o salgueiro balança de acordo com o vento e retorna a sua forma original. Ser resiliente é portar-se como o salgueiro: dobrar-se, acomodar-se, mas não quebrar”, concluiu.