Um final de semana pareceu pequeno para comportar tudo aquilo que “a galera Notre Dame” de Brasília, do Rio de Janeiro e de São Paulo vivenciou durante o primeiro evento preparatório para o VI Encontro Nacional da Juventude Notre Dame, que acontecerá em setembro de 2016.
Há quem afirme que a juventude está perdida, que não há esperança se o futuro depender dos jovens de hoje. Esse grande equívoco em achar que no jovem mora a culpa de um futuro ruim é cometido desde os primórdios da humanidade. Já em 720 anos a.C., Hesíodo, na Grécia Antiga, já profetizava pensamentos semelhantes. “Os jovens de hoje não têm educação. São insolentes, preguiçosos, julgam que sabem tudo, não respeitam os pais e não cedem seu lugar aos mais velhos. A juventude do meu tempo não era assim”, dizia o poeta. Mal sabia ele que os jovens, até hoje, têm a força de transformar e ir além.
E isso é o que os estudantes que integram a “Juventude Notre Dame” comprovam, no seu cotidiano, mas, também, em momentos de convívio, reflexão e espiritualidade, como foi o “Encontro de Jovens Notre Dame”. Nas atividades, organizadas pelos Agentes de Pastoral dos Colégios mantidos pela Rede de Educação nos dois estados e no Distrito Federal, a leitura de passagens bíblicas e de cartas de Santa Júlia Billiart foi permeada por dinâmicas de grupo, músicas e técnicas teatrais. Com elas, caía por terra a teoria dos poetas e filósofos gregos de uma juventude sem futuro e vislumbrava-se o jovem portador de esperança e de protagonismo para o bem.
As releituras e reflexões sobre o olhar de Jesus Cristo e de Santa Júlia sobre o jovem aproximaram-nos do Sagrado, da sua fé, da sua missão de vida. Dessa forma, a procissão luminosa foi o ponto alto de emoção e comprometimento com um mundo melhor.
A religiosidade foi a tônica, também, na tarde de sábado (28), quando foi antecipada a celebração do Domingo Ramos, dia em que se festeja a chegada de Jesus Cristo a Jerusalém. Lá, o filho de Deus foi recepcionado pela população que acenava com ramos de palmeiras e oliveiras. Isso inspirou a tradição de levar para a celebração dominical um ramo, a fim de abençoá-lo para que proteja o lar, indicando que, na morada, Jesus Cristo é recebido com festa. Esse hábito também foi repassado aos jovens durante o Encontro.
Além da vivência da fé, a preparação para o “Encontrão” – como é conhecido entre os jovens Notre Dame o evento realizado a cada cinco anos – foi, para os estudantes, uma oportunidade de conhecer uns aos outros, de conviver e estabelecer novos laços, além de divertir-se.
Isso ficou ainda mais evidente na despedida do evento preparatório, quando os participantes puderam cantar, curtir suas músicas favoritas e dançar para festejar, de forma saudável, as experiências vividas.
Depois dela, os ensinamentos de vida seguiram com os participantes, rumo a Brasília, ao Rio de Janeiro e a São Paulo.
Como dizia Santa Júlia “lancemos as sementes que o Bom Deus as fará germinar em seu tempo”. Elas foram lançadas, entre os dias 26 e 29 de março, no Recanto Girassol, e daqui a pouco mais de um ano será tempo de florescer, no VI Encontro Nacional da Juventude Notre Dame.
Quanto aos frutos? São frutos de uma vida! Viva a juventude!